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Sou economista, escritor e divulgador de conteúdos sobre economia e pesquisas científicas em geral.

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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Júpiter é tão grande que nem sequer orbita o sol

Caro Leitor(a),

Júpiter é o maior planeta do nosso sistema solar, pesando mais que o dobro da massa de todos os outros planetas, luas, asteroides e cometas combinados.
E, embora pareça que sim, ele tecnicamente não orbita o sol, justamente porque é tão assustadoramente maciço.

Baricentro

Quando um objeto pequeno orbita um grande no espaço, o menos maciço não viaja em um círculo perfeito em torno do maior. Em vez disso, ambos os objetos orbitam um centro de gravidade combinado.
Para um planeta insignificante e frágil como a Terra, que possui 0,000003 a massa do sol, o centro de gravidade reside tão perto do centro do sol que nem sequer percebemos a órbita ligeiramente “desligada” dele. Logo, é como se circundássemos a estrela.
O mesmo é verdade para a maioria dos outros objetos no sistema solar – exceto Júpiter.

Em imagens

Júpiter é cerca de 0,001 tão maciço quanto o sol, mas é suficientemente grande para que o astro e sua órbita estejam bastante separados.
Confira uma ilustração em escala do baricentro sol-Júpiter:


Este GIF da NASA, fora de escala, ilustra o efeito:
Ou seja, essencialmente, é assim que Júpiter e o sol se movem através do espaço juntos. Certamente, Júpiter não está circundando o sol. 


“O conhecimento torna a alma jovem, pois, colhe a sabedoria”.


Obrigado pela sua visita e volte sempre!


Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente das Ciências: Espacial; Astrofísica; Astrobiologia e Climatologia, Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency.








quarta-feira, 26 de julho de 2017

Um mapa dos sons que circulam pelo espaço em volta da Terra

Caro Leitor(a),

Sons do espaço ajudam a proteger satélites de comunicação
Este mapa mostra como as ondas sonoras preenchem o espaço em torno da Terra. [Imagem: NASA Goddard Space Flight Center/Brian Monroe]
A plenitude e o ruído do espaço
Embora seja poética, a expressão "No vazio e no silêncio do espaço" está longe de ser correta: O espaço não é vazio e nem está em silêncio.
Embora seja tecnicamente considerado um vácuo, o espaço contém partículas carregadas de alta energia, governadas por campos magnéticos e elétricos, que se comportam de forma diferente de qualquer coisa que vivenciamos na Terra.
Em regiões dominadas por campos magnéticos, como o ambiente espacial que circunda nosso planeta, as partículas são continuamente jogadas de um lado para o outro pelo movimento de várias ondas eletromagnéticas conhecidas como ondas de plasma. Essas ondas de plasma, como o rugido contínuo do oceano, criam uma cacofonia rítmica que - com as ferramentas certas - podem ser gravadas.
Cientistas da NASA estão usando as sondas gêmeas da missão Van Allen - as mesmas que descobriram um novo cinturão de radiação ao redor da Terra - para entender a dinâmica dessas ondas de plasma.
Agora, eles apresentaram um novo mapa dessas interações, que deverá permitir melhorar as previsões do tempo espacial, que pode ter efeitos prejudiciais nos satélites e nos sinais de telecomunicações. As observações das duas sondas permitiram registrar esses estranhos sons do espaço, feitos por diferentes ondas de plasma na sinfonia de partículas em torno da Terra.
Ao entender como as ondas e as partículas interagem no espaço, é possível começar a compreender como os elétrons são acelerados ou escapam dos cinturões de radiação - os cinturões de Van Allen -, o que por sua vez poderá ajudar a proteger nossos satélites e telecomunicações no espaço.
Sons do espaço ajudam a proteger satélites de comunicação
Diferentes tipos de ondas de plasma desencadeadas por vários mecanismos ocupam diferentes regiões do espaço em torno da Terra. [Imagem: NASA Goddard Space Flight Center/Mary Pat Hrybyk-Keith]
Sons do espaço
As duas sondas Van Allen usam um aparelho chamado EMFISIS - abreviação em inglês para "Conjunto de Instrumentos para Medição de Campo Elétrico e Magnético e Ciência Integrada" - para medir as ondas elétricas e magnéticas que circulam em volta da Terra. Quando as naves encontram uma onda, os sensores gravam as mudanças na frequência dos campos elétricos e magnéticos. Basta então mudar as frequências para a faixa audível para que seja possível literalmente ouvir os sons do espaço.
Um tipo de onda de plasma fundamental para moldar o ambiente espacial próximo da Terra são as chamadas ondas de modo assovio. Elas criam sons distintos dependendo do plasma em que viajam. Por exemplo, a região bem próxima à superfície da Terra, chamada plasmasfera, é relativamente densa de plasma frio, o que torna as ondas muito diferentes daquelas que viajam por regiões mais afastadas. Embora diferentes ondas em modo assovio "cantem" melodias diferentes, todas movem-se da mesma maneira, com as mesmas propriedades eletromagnéticas.
Essas ondas também são geradas quando um raio atinge a Terra. A descarga elétrica desencadeia ondas de plasma, algumas das quais escapam da atmosfera e chocam-se com as linhas do campo magnético da Terra. Como um raio cria uma gama de frequências, e como as frequências mais altas viajam mais rapidamente, a onda gera um apito que começa alto e vai decaindo - um autêntico assovio.

Para além da plasmasfera, onde o plasma é tênue e relativamente quente, as ondas se parecem mais com o chilrear de um bando de pássaros barulhentos. Esse tipo de onda é chamado de coro e é criado quando os elétrons são empurrados para o lado noturno da Terra - o que, em alguns casos, pode ser causado pela reconexão magnética, uma explosão dinâmica de linhas de campo magnético emaranhadas no lado escuro da Terra. Quando esses elétrons de baixa energia atingem o plasma, eles interagem com partículas, transmitindo energia e criando um tom ascendente único.

“O conhecimento torna a alma jovem, pois, colhe a sabedoria”.


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Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente das Ciências: Espacial; Astrofísica; Astrobiologia e Climatologia, Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency.








quinta-feira, 20 de julho de 2017

Astrônomos descobrem menor estrela já encontrada

Caro Leitor(a),


Astrônomos descobrem menor estrela já encontrada

Menor estrela conhecida tem tamanho de planeta
Esta pode ser uma das menores estrelas que merecem o nome de estrela.[Imagem: Amanda Smith]
Menor estrela conhecida
Uma equipe internacional de astrônomos acaba de identificar a menor estrela que se conhece.
Pouco maior do que Saturno, a estrela EBLM J0555-57Ab está localizada a cerca de 600 anos-luz da Terra e parece ter a massa mínima possível para que possa ser chamada de estrela, o que significa ser capaz de iniciar e sustentar a fusão de hidrogênio em hélio em seu núcleo.
"Nossa descoberta revela como as estrelas podem ser pequenas," disse Alexander Boetticher, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. "Se essa estrela tivesse se formado apenas com um pouco menos de massa a reação da fusão de hidrogênio em seu núcleo não seria sustentável, e a estrela teria se tornado uma anã marrom."
Mais do que uma curiosidade científica, estrelas pequenas e frias são candidatas muito boas para se procurar por planetas com condições de habitabilidade, como recentemente se viu com a estrela anã TRAPPIST-1.
Embora sejam as estrelas mais numerosas no Universo, esses pequenos astros, com massa e dimensões menores do que 20% das do Sol, são pouco compreendidas pelos astrônomos justamente pela dificuldade em detectá-las - elas são pequenas demais e pouco brilhantes para nossos telescópios.

Bibliografia:

The EBLM project III. A Saturn-size low-mass star at the hydrogen-burning limit
Alexander von Boetticher, Amaury H.M.J. Triaud, Didier Queloz, Sam Gill, Monika Lendl, Laetitia Delrez, David R. Anderson, Andrew Collier Cameron, Francesca Faedi, Michaël Gillon, Yilen Gómez Maqueo Chew, Leslie Hebb, Coel Hellier, Emmanuël Jehin, Pierre F.L. Maxted, David V. Martin, Francesco Pepe, Don Pollacco, Damien Ségransan, Barry Smalley, Stéphane Udry, Richard West
Astronomy & Astrophysics
https://arxiv.org/abs/1706.08781
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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Sonda Juno mostra um Júpiter totalmente diferente

Caro Leitor(a),

Sonda Juno mostra um Júpiter totalmente diferente

Sonda Juno mostra um Júpiter totalmente diferente
Por que um polo de Júpiter é tão diferente do outro é um enigma que os pesquisadores ainda tentam solucionar.[Imagem: NASA/JPL-CALTECH/SWRI/MSSS/BETSY ASHER HALL/GERVAS]
Um Júpiter totalmente novo
As observações iniciais de Júpiter feitas pela sonda espacial Juno são "de tirar o fôlego", anunciaram os cientistas da Nasa no primeiro comunicado sobre os resultados iniciais da missão.
E o que mais os deixou perplexos até agora foram as gigantescas "tempestades" registradas nos polos do planeta.
"Pense em um monte de furacões, cada um do tamanho da Terra, todos tão espremidos uns aos outros que chegam a se tocar," exemplificou Mike Janssen. "Até mesmo entre os pesquisadores mais experientes, essas imagens de nuvens imensas rodopiando têm impressionado muito."
sonda Juno chegou a Júpiter em 4 de julho do ano passado. Desde então, ela tem se aproximado do planeta gasoso a cada 53 dias.
Segundo a equipe da NASA, a sonda está mostrando um "Júpiter totalmente novo", muito diferente da forma como os cientistas descreviam o planeta até agora.
Ideias ingênuas
A equipe da Nasa diz que o que se sabia previamente sobre Júpiter está sendo revisto com base nas novas descobertas.
"(Com) essa observação mais próxima, constatamos que várias ideias que tínhamos (sobre Júpiter) eram incorretas e até mesmo ingênuas," afirma Scott Bolton, principal pesquisador do Instituto de Pesquisa de San Antonio, no Texas.
Os grandes ciclones que cobrem as altas latitudes do planeta só agora estão sendo vistos em detalhes, porque as missões anteriores nunca conseguiram realmente olhar o planeta por cima e por baixo, como Juno tem conseguido - e, certamente, nenhuma teve resolução tão alta - é possível discernir características com resolução de 50 km.
Amônia
As estruturas são muito diferentes daquelas encontradas nos polos de Saturno, por exemplo, e as razões disso ainda não são compreendidas.
Outra surpresa vem do Radiômetro de Micro-ondas (MWR na sigla em inglês) da Juno, que detecta o comportamento abaixo da superfície de nuvens. Seus dados indicam a presença de uma ampla faixa de amônia que vai do topo da atmosfera até a maior profundeza que se pode detectar - pelo menos 350 km para baixo. Ela pode ser parte de um grande sistema de circulação.

Mas a MWR mostra que a amônia em latitudes maiores pode ser muito mais variável. "O que isso está nos dizendo é que Júpiter não está muito definido por dentro," disse Bolton. "Está completamente errada a ideia de que, uma vez que você vá além da luz solar, tudo será uniforme e tedioso. A realidade pode ser muito diferente dependendo de onde você olha."

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terça-feira, 11 de julho de 2017

Os sete planetas mais extremos já descobertos

Caro Leitor (a),

Os sete planetas mais extremos já descobertos

Os sete planetas mais extremos já descobertos
Ilustração artística da estrela KELT-9 (esquerda) e do seu planeta superquente KELT-9b (direita).[Imagem: NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (IPAC)]
Planetas extremos
Astrônomos descobriram recentemente o planeta mais quente já encontrado - com uma temperatura superficial maior do que a de algumas estrelas.
À medida que a caça aos planetas fora do nosso Sistema Solar continua, já descobrimos muitos outros mundos com características extremas.
E a exploração do nosso próprio Sistema Solar também revelou alguns concorrentes muito estranhos.
Aqui estão sete dos mais extremos.
O planeta mais quente
A temperatura de um planeta depende principalmente de quão perto ele está da sua estrela hospedeira - e de quão quente essa estrela queima. Em nosso próprio Sistema Solar, Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, ficando a uma distância média de 57.910.000 km. As temperaturas no seu dia são de cerca de 430° C, enquanto o próprio Sol tem uma temperatura superficial de 5.500° C.
Mas estrelas mais maciças do que o Sol queimam mais quente. A estrela HD 195689 - também conhecida como KELT-9 - é 2,5 vezes mais maciça do que o Sol e tem uma temperatura superficial de quase 10.000° C. Um dos seus planetas, o KELT-9b, está muito mais perto da sua estrela hospedeira do que o Mercúrio está do Sol.
É por isso que ele é o mais quente que conhecemos, passando dos 4.300º C durante o dia - mais quente do que a maioria das estrelas, e apenas cerca de 1.100º C mais frio do que o nosso próprio Sol.
Os sete planetas mais extremos já descobertos
O OGLE-2005-BLG-390Lb é tão frio que qualquer gás em sua atmosfera já se congelou e está como um sólido em sua superfície. [Imagem: ESO]
O planeta mais frio
Com uma temperatura de apenas 50 graus acima do zero absoluto (-223° C), o exoplaneta OGLE-2005-BLG-390Lb leva o título do exoplaneta mais frio que se conhece.
Com cerca de 5,5 vezes a massa da Terra, ele provavelmente também é um planeta rochoso. Embora não esteja muito distante da sua estrela hospedeira, com uma órbita que o colocaria em algum lugar entre Marte e Júpiter em nosso Sistema Solar, sua estrela hospedeira é uma estrela de pequena massa, conhecida como anã vermelha.
Esse planeta de nome enigmático é popularmente chamado de Hoth, em referência a um planeta gelado da saga Star Wars. Contrariamente ao planeta ficcional, no entanto, ele não é capaz de sustentar atmosfera porque é tão frio que a maior parte dos seus gases virou gelo sólido.
Os sete planetas mais extremos já descobertos
O maior planeta que se conhece é quase 30 vezes maior que Júpiter. [Imagem: NASA/G. Bacon (STScI)]
O maior planeta
Estrelas comuns como o Sol queimam fundindo hidrogênio em hélio. Mas há uma forma de estrela, chamada anã marrom, que é suficientemente grande para iniciar alguns processos de fusão, mas não suficientemente grande para sustentá-los.
O exoplaneta DENIS-P J082303.1-491201 b, com um um apelido igualmente impronunciável de 2MASS J08230313-4912012 b - tem 28,5 vezes a massa de Júpiter, o que o torna o planeta mais maciço listado no arquivo de exoplanetas da NASA.
É tão grande que se discute se ele é realmente um planeta - seria um gigante gasoso da classe Júpiter - ou se deveria ser classificado como uma estrela anã marrom. Ironicamente, sua estrela hospedeira é uma anã marrom.
Os sete planetas mais extremos já descobertos
menor exoplaneta já descoberto é do tamanho da Lua. [Imagem: NASA/Ames/JPL-Caltech]
O menor planeta
Apenas um pouco maior do que a nossa Lua e menor do que Mercúrio, o Kepler-37b é o menor exoplaneta já descoberto.
Um mundo rochoso, ele está mais perto da sua estrela hospedeira do que Mercúrio está do Sol. Isso significa que o planeta é muito quente para manter água líquida e, portanto, vida em sua superfície.
O planeta mais velho
O exoplaneta PSR B1620-26 b, com seus 12,7 bilhões de anos, é o planeta mais antigo que se conhece.
Um gigante gasoso com 2,5 vezes a massa de Júpiter, ele aparentemente existe desde sempre - nosso Universo tem calculados 13,8 bilhões de anos, apenas um bilhão de anos mais velho do que o exoplaneta.
Os sete planetas mais extremos já descobertos
exoplaneta Próxima b não tem nada de extremo, mas é o exoplaneta mais próximo da Terra. [Imagem: ESO/M. Kornmesser]
O planeta mais jovem
O sistema planetário V830 Tauri tem apenas 2 milhões de anos de idade.
A estrela hospedeira tem a mesma massa que o nosso Sol, mas o dobro do raio, o que significa que ainda não se contraiu completamente na sua forma final.
O planeta - um gigante gasoso com três quartos da massa de Júpiter - também provavelmente ainda está crescendo. Isso significa que ele está adquirindo mais massa colidindo frequentemente com outros corpos planetários, como asteroides em seu caminho - o que o torna um lugar pouco seguro.
Os sete planetas mais extremos já descobertos
maior onda do Sistema Solar fica em Vênus. [Imagem: Tetsuya Fukuhara et al. - 10.1038/ngeo2873gra]
O planeta com pior clima
Como os exoplanetas estão muito longe para que possamos observar seus padrões climáticos, neste quesito devemos voltar nossos olhos para o nosso próprio Sistema Solar.
Então, o título de planeta com pior clima vai para Vênus. Um planeta do mesmo tamanho da Terra, ele está envolto em nuvens de ácido sulfúrico. A atmosfera se move em torno do planeta muito mais rápido do que o planeta gira, com ventos atingindo velocidades de furacão de 360 km/h. Ciclones de olhos duplos giram constantemente acima de cada pólo.

Sua atmosfera é quase 100 vezes mais densa que a da Terra e é composta por mais de 95% de dióxido de carbono. O efeito estufa resultante cria temperaturas de pelo menos 462° C na superfície, que é realmente mais quente do que Mercúrio. Embora seja seco e hostil à vida, o calor pode explicar por que Vênus tem menos vulcões do que a Terra.
Fonte: Inovação Tecnológica

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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Aquecimento global pode estar acelerando

Caro Leitor(a),


Dois cientistas especialistas em clima sugerem que chegaram mais perto de solucionar o debate fundamental a respeito da rapidez com que a atividade humana esquentará o planeta. A resposta não é uma boa notícia.
Entende-se de forma quase universal que a Terra continuará esquentando no futuro próximo. A taxa de aquecimento do planeta, no entanto, não continuará sendo a mesma, relatam Cristian Proistosescu e Peter Huybers, da Universidade de Harvard. Eles afirmam que essa taxa provavelmente vai acelerar.
Algumas partes do planeta esquentam mais lentamente do que outras, explicam. Mas com o tempo regiões antes menos afetadas pelo aquecimento global se tornarão mais quentes. Dessa forma, o grosso do aquecimento planetário deste século pode na verdade estar concentrado em suas décadas finais.
A análise, publicada na quarta-feira na revista científica Science Advances, aborda a diferença entre dois lados que travam uma longa batalha para descobrir a velocidade do aquecimento do mundo. Um grupo analisa o registro histórico e projeta para o futuro todo o aquecimento que já se sabe que ocorreu, basicamente por meio de observações diretas. Esses estudos apontaram que, como existe o dobro de dióxido de carbono na atmosfera do que antes da revolução industrial, a temperatura poderá subir entre 1,6 grau e 3 graus Celsius.
Essas estimativas, embora desconcertantes, são significativamente menores do que as projeções geradas pelos modelos climáticos do outro grupo. Estas são construídas a partir de equações fornecidas pela física da Terra e permitem que os cientistas façam algo impossível no mundo real — simular o comportamento do planeta sob várias condições durante enormes períodos de tempo. Os modelos de computador são os ratos de laboratório da ciência climática.
Por que essa luta por alguns graus é realmente importante? É crucial estimar a taxa de aquecimento do planeta da forma mais precisa possível, porque o resultado determinará a agressividade da resposta das autoridades globais ao problema.
Os autores concluem que vale a pena considerar duas velocidades de mudança climática. Até agora, o mundo está no modo “rápido”, em que regiões com maior probabilidade de esquentar rapidamente exibem os maiores aumentos de temperatura. Isso inclui terras do Hemisfério Norte. Quando se trata de analisar o aquecimento global na faixa rápida, o lado da observação e o lado dos modelos entram em acordo, disse Proistosescu.
Há também um modo “lento”. Lugares como o Oceano Pacífico tropical oriental e o Oceano Antártico, que são mais frios em relação ao resto do mundo, levam mais tempo para esquentar. Mas vão esquentar. À medida que a atmosfera segurar mais calor, sua temperatura aumentará e a taxa global de aquecimento planetário vai acelerar. As projeções de aquecimento baseadas apenas em observações históricas presumem que o ritmo das mudanças climáticas continuará sendo o mesmo; o novo estudo afirma que com o passar do tempo as coisas podem piorar mais rapidamente.
Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, disse que o novo estudo oferece respaldo independente para o trabalho recente de sua unidade e de outras. Ele conclui que as projeções de aquecimento futuro derivadas das tendências de temperatura registradas “são tendenciosamente baixas”.
“A correção disso faz a situação se alinhar muito melhor”, disse Schmidt.
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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Homem deve voltar-se para o espaço, defende Stephen Hawking

Caro Leiror(a),


Homem deve voltar-se para o espaço, defende Stephen Hawking

As bases na Lua são um sonho antigo - mas continuam sendo um sonho, sem um projeto definido por falta de objetivos práticos.[Imagem: BBC]


Propósito para a humanidade
O físico britânico Stephen Hawking convocou países a enviarem astronautas à Lua até 2020. Para ele, é preciso também construir uma base lunar nos próximos 30 anos e enviar pessoas a Marte até 2025 - tudo isso pensando "no futuro da humanidade".
As previsões de Hawking almejam principalmente reacender programas espaciais globais, forjar novas alianças e dar à humanidade uma nova "sensação de propósito".
"Essa expansão para o espaço pode mudar completamente o futuro da humanidade", disse o físico britânico. "Tenho esperanças de que isso uniria países que competem entre si em torno de uma única meta, para enfrentar o desafio comum a todos nós. Um novo e ambicioso programa espacial serviria para engajar os mais novos e estimular o interesse deles em outras áreas, como astrofísica e cosmologia."
Futuro da humanidade
Questionado sobre se não seria melhor gastar o dinheiro disponível tentando resolver os problemas deste planeta, em vez de investi-lo no espaço, Hawking pontuou que é importante, sim, cuidar das questões urgentes daqui - mas agregou que pensar no espaço é importante para garantir o futuro da humanidade.
"Não estou negando a importância de lutar contra o aquecimento global e as mudanças climáticas aqui, ao contrário do que fez Donald Trump, que pode ter tomado a decisão mais séria e errada sobre esse tema que o mundo poderia esperar," disse - no início deste mês, o presidente norte-americano anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris, pacto climático que visa impedir o aumento das temperaturas globais.
No entanto, Hawking ressaltou que as viagens espaciais são essenciais para o futuro da humanidade, principalmente porque a Terra está sob ameaça - justamente por conta de problemas como o aquecimento global e a diminuição dos recursos naturais.
"Estamos ficando sem espaço aqui e os únicos lugares disponíveis para irmos estão em outros planetas, outros universos. É a hora de explorar outros sistemas solares. Tentar se espalhar por aí talvez seja a única estratégia que pode nos salvar de nós mesmos. Estou convencido de que os seres humanos precisam sair da Terra," afirmou o físico.
Mas, aparentemente, devemos ter cuidado com quem encontrarmos pelo caminho, já que Hawking também defendeu recentemente que a humanidade deve evitar contato com alienígenas.

Homem deve voltar-se para o espaço, defende Stephen Hawking

Para o espaço e avante
O chefe da Agência Espacial Europeia (ESA), Jan Woerner, prevê a construção de uma base na Lua em 2024 e está colaborando com a Rússia para enviar uma sonda e testar um possível local para isso. A China já estipulou uma meta de enviar um astronauta à Lua em breve.
Já a NASA não tem planos de voltar à Lua por enquanto e vem focando seus esforços no plano de enviar astronautas a Marte até 2030. No entanto, se outras agências espaciais começarem a colaborar entre si para a construção de uma base lunar, seria difícil ver a NASA fora do empreendimento.
Para Hawking, o ponto principal é que não há futuro a longo prazo para nossas espécies na Terra: ele acha que seríamos atingidos por um asteroide novamente ou eventualmente engolidos pelo nosso próprio Sol. Ele ainda reforça que viajar para outros planetas distantes "elevaria a humanidade".
"Sempre que demos um novo salto, por exemplo a ida à Lua, unimos os povos e as nações, inauguramos novas descobertas e novas tecnologias", afirmou. "Deixar a Terra exige uma movimentação global, todos devem estar juntos nisso. Precisamos fazer renascer a empolgação dos primórdios das viagens espaciais, na década de 1960."
Para ele, a colonização de outros planetas já não é mais tema de ficção científica. "Se a humanidade quiser continuar (a viver) por mais milhões de anos, nosso futuro residirá na ousadia de ir onde ninguém mais ousou ir. Espero que seja para o melhor. Nós não temos outra opção."


“O conhecimento torna a alma jovem, pois, colhe a sabedoria”.


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quarta-feira, 5 de julho de 2017

A corrida pela soberania e pelos bilhões do leito dos oceanos

Caro Leitor(a),

A corrida pela soberania e pelos bilhões do leito dos oceanos

Com informações da BBC -  


Geopolítica dos oceanos
Ao redor do mundo, diversos países estão reivindicando soberania sobre áreas de difícil acesso no fundo dos oceanos. Por quê?
No século 20, por exemplo, missões para chegar ao Polo Sul foram financiadas por investidores privados, com olhos nos benefícios da futura exploração dessas áreas desconhecidas.
Mas o aspecto geopolítico sobre os oceanos só ganhou força em 1945, quando o então presidente dos EUA, Harry Truman, reivindicou a totalidade da plataforma continental adjacente ao país. O Brasil fez o mesmo em 1970, elevando seu mar territorial para 200 milhas náuticas.
Em 1982, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) criou uma série de "estágios", que incluem o mar territorial (12 milhas), zona contígua, zona econômica exclusiva (até 200 milhas) e uma "plataforma continental ampliada", permitindo que os países reivindiquem direitos econômicos sobre sua plataforma continental até um limite de 350 milhas marítimas - em 4 de janeiro de 1993, o governo brasileiro sancionou a Lei nº 8.617, que tornou os limites marítimos brasileiros coerentes com os limites preconizados pela CNUDM.
Simbolicamente, em 2007, a Rússia usou um submarino-robô para fincar uma bandeira no fundo do mar abaixo do Polo Norte.
E o objetivo é quase sempre o mesmo dos financiadores dos primeiros exploradores: os interesses econômicos nos oceanos, no fundo oceânico e no que vier abaixo dele - como o petróleo do pré-sal, por exemplo.
A corrida pela soberania e pelos bilhões do leito dos oceanos
O LEPLAC (Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira) foi instituído em 1989 para estabelecer o limite além das 200 milhas no qual o Brasil irá reivindicar soberania. [Imagem: Comissão Interministerial para os Recursos do Mar]


Mineração oceânica
Apenas 5% do leito oceânico, que cobre cerca de 60% da superfície da Terra, foi explorado até agora. A luz não chega às profundezas, que vivem na escuridão, em temperaturas perto de zero.
Cada missão exploratória revelou estruturas frágeis e animais nunca antes vistos. Mas empresas e governos estão de olho em minerais que potencialmente podem valer bilhões. Nos últimos anos, houve grande avanço na tecnologia para mapear e extrair esses recursos - incluindo a construção de equipamentos robóticos capazes de operar em grandes profundidades.
Com isto, a mineração marinha, ideia que data dos anos 1960, pode se tornar realidade já na próxima década.
No solo oceânico há, por exemplo, cobre, níquel e cobalto em grandes concentrações, assim como depósitos de metais estratégicos, como é o caso dos chamados elementos de terras raras, usados em tecnologias como chips de memória, baterias para carros elétricos e ímãs superfortes para discos rígidos e turbinas eólicas.
Estima-se que apenas algumas montanhas no fundo do Pacífico contenham 22 vezes mais telúrio, elemento usado em painéis de energia solar, do que em todas as reservas terrestres conhecidas.
A corrida pela soberania e pelos bilhões do leito dos oceanos
O monte submarino Tropic, próximo às Ilhas Canárias, tem 3 mil metros de altura e uma enorme reserva de terras raras. [Imagem: NOC]
Meio ambiente
Até o momento, esses recursos minerais estão sendo apenas localizados, não extraídos. E há sérios obstáculos a superar para sua exploração comercial continuada.
O equipamento precisa funcionar em profundidades de 5 mil metros, onde a pressão é 500 vezes maior que na superfície, apenas para começar a escavar. A atual tecnologia de mineração profunda permite apenas a operação em regiões de mil metros debaixo d´água.
As regras para a exploração do fundo dos oceanos ainda não foram estipuladas, mas os interessados terão que demonstrar que avaliaram o impacto ambiental das operações e os planos de contingência para efeitos das atividades.
O grande problema é que o conhecimento humano sobre esses ambientes é limitado, o que dirá a compreensão sobre os efeitos de sua exploração para a extração de recursos.
Um consórcio internacional de cientistas começou recentemente a tentar medir o impacto ambiental da escavação do leito oceânico. Os especialistas temem que isso possa afetar muitas formas de vida e mesmo a capacidade dos oceanos de fornecer alimento e absorver dióxido de carbono da atmosfera.

A corrida pela soberania e pelos bilhões do leito dos oceanos
Esta é a maior máquina da mina oceânica Solwara-1, ao largo de Papua Nova Guiné. [Imagem: Nautilus Minerals]

Fonte: Com informações da BBC -  

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