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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Nova forma de carbono é dura como pedra e elástica como borracha

Caro Leitor (a),

Muitos carbonos
O carbono é um elemento químico cujas possibilidades de rearranjo parecem ser infinitas.
Por exemplo, os diamantestransparentes e superduros, o grafite opaco e desmanchadiço, o espetacular grafeno, todos são compostos exclusivamente por carbono.
E, claro, temos nós, os seres humanos, formados em uma estrutura de carbono. E tem também o diamano, o aerografitee, agora, uma nova forma que parece ser um misto de tudo isso.
Meng Hu e seus colegas das universidades Yanshan (China) e Carnegie Mellon (EUA) criaram uma forma de carbono que é, ao mesmo tempo, dura como pedra e elástica como uma borracha - e ainda conduz eletricidade.
Essas infinitas possibilidades do carbono parecem ser possíveis porque a configuração dos seus elétrons permite inúmeras combinações de autoligação, dando origem a uma ampla gama de materiais com propriedades variáveis - ou seja, muito mais ainda pode estar por vir. O segredo está em descobrir o método adequado para sintetizar novas variações.
Carbono ultraforte
Meng Hu e seus colegas produziram o material pressurizando e aquecendo uma forma estruturalmente desordenada de carbono, chamada carbono vítreo. Esse material inicial foi submetido a cerca de 250 mil vezes a pressão atmosférica normal e aquecido a aproximadamente 980º C para criar o novo carbono forte e elástico.
O carbono recém-criado é composto tanto de ligações químicas similares às do grafite quanto de ligações semelhantes às do diamante, o que pode explicar sua combinação única de propriedades. Sob as condições de síntese de alta pressão, camadas desordenadas dentro do carbono vítreo se mesclaram e reconectaram de várias maneiras. Esse processo criou uma estrutura geral que não possui uma ordem espacial de longo alcance, mas apresenta uma organização cristalina na escala nanométrica.
A nova forma de carbono é ultraforte, leve, elástica e eletricamente condutora.
Nova forma de carbono é duro como pedra e elástica como borracha
Visualização dos diferentes tipos de ligações tipo diamante (esferas vermelhas) formadas em superfícies curvas ou entre as camadas de grafeno (esferas pretas) neste novo tipo de carbono vítreo comprimido. [Imagem: Timothy Strobel]
Um material com uma combinação tão única de propriedades poderá atender a uma grande variedade de aplicações - a equipe não se arrisca a fazer uma lista, mas afirma que começará a explorar o material para uso na indústria aeroespacial.
"Materiais leves com elevada resistência e elasticidade e robustos como este são muito desejáveis para aplicações onde a economia de peso é de extrema importância, mesmo mais do que o custo do material," explicou o professor Zhisheng Zhao. "Além disso, acreditamos que este método de síntese pode ser aprimorado para criar outras formas extraordinárias de carbono e classes de materiais inteiramente diferentes".

Bibliografia:

Compressed glassy carbon: An ultrastrong and elastic interpenetrating graphene network
Meng Hu, Julong He, Zhisheng Zhao, Timothy A. Strobel, Wentao Hu, Dongli Yu, Hao Sun, Lingyu Liu, Zihe Li, Mengdong Ma, Yoshio Kono, Jinfu Shu, Ho-kwang Mao, Yingwei Fei, Guoyin Shen, Yanbin Wang, Stephen J. Juhl, Jian Yu Huang, Zhongyuan Liu, Bo Xu, Yongjun Tian
Science Advances
Vol.: 3, no. 6, e1603213
DOI: 10.1126/sciadv.1603213

“O conhecimento torna a alma jovem, pois, colhe a sabedoria”.


Obrigado pela sua visita e volte sempre!


Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente das Ciências: Espacial; Astrofísica; Astrobiologia e Climatologia,Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency.





sexta-feira, 15 de setembro de 2017

COMO ACOMPANHAR O FIM DA MISSÃO CASSINI – 15/09/2017

Caro Leitor(a)

A última semana de Cassini




http://www.esa.int/var/esa/storage/images/esa_multimedia/images/2017/09/cassini_s_last_week/17144123-1-eng-GB/Cassini_s_last_week_large.jpg

COMO ACOMPANHAR O FIM DA MISSÃO CASSINI
12 Setembro 2017

A missão internacional Cassini atinge o seu final dramático, esta sexta-feira, mergulhando na atmosfera de Saturno, concluindo 13 anos de exploração em torno do planeta anelado.
Informações sobre quando seguir os eventos transmitidos pela NASA, esta semana, através de https://www.nasa.gov/nasalive (as datas e horas abaixo são fornecidas em GMT (tempo médio de Greenwich) /CEST (Hora de Verão da Europa Central), todas sujeitas a alterações).

Poderá também assistir à transmissão ao vivo nesta página:
Vídeo: http://www.ustream.tv/channel/6540154

13 de setembro

17:00 GMT / 19:00 CEST: Conferência de imprensa com uma visualização detalhada das atividades finais da missão.

15 de setembro

~03:00 GMT / ~05:00 CEST: as imagens finais esperadas começarão a aparecer online na galeria de imagens, em bruto

11:00-12:30 GMT / 13:00-14:30 CEST:  comentário ao vivo, abrangendo o fim da missão (perda de sinal esperada na Terra ~ 11:54 GMT/13:54 CEST).

13:30 GMT/15:30 CEST: conferência de imprensa pós-missão
A cronologia detalhada do fim da missão é fornecida aqui.

As atualizações da missão serão também fornecidas no Twitter a partir da conta da NASA @CassiniSaturn e partilhadas via @esascience. No dia 15 de setembro @esaoperations também partilhará atualizações ao vivo, a partir do controlo de missão da ESA, em Darmstadt, onde as equipas seguirão o mergulho final de Cassini, usando a estação terrestre do espaço-profundo da Agência, na Austrália.

Science during Cassini’s descent

http://www.esa.int/var/esa/storage/images/esa_multimedia/images/2017/09/science_during_cassini_s_descent/17134482-1-eng-GB/Science_during_Cassini_s_descent_large.jpg



É bom saber:
§  Demora cerca de 83 minutos para que os sinais de rádio viajem através dos 1,4 mil milhões de km entre a Terra e Saturno.
§  Nenhuma imagem será tirada durante o mergulho final em Saturno, pois a taxa de transmissão de dados necessária para enviar imagens é muito alta e evitaria que outros dados científicos de alto valor fossem devolvidos.
§  As imagens finais serão tiradas a 14 de setembro e estão previstas que incluam imagens de Titã, Enceladus, a pequena lua ‘Peggy’, um elemento em hélice nos anéis e uma montagem a cores de Saturno e os seus anéis, incluindo a aurora no polo norte (exemplos das imagens anteriormente divulgadas desses destinos encontram-se aqui).
§  Oito instrumentos (CDA, CIRS, INMS, MAG, MIMI, RPWS, RSS, UVIS) coletarão dados durante o mergulho final, transmitindo-os de volta à Terra em tempo quase-real.
§  A missão está a terminar porque, depois de duas décadas no espaço, o seu combustível está a acabar. Para garantir um descarte seguro da nave espacial, e para evitar um impacto não planeado em satélites gelados primitivos, como a lua oceânica Enceladus, Cassini está a ser direcionada para o próprio planeta gasoso, onde irá incendiar-se.
§  Desde abril, Cassini tem feito mergulhos semanais através do intervalo de 2000 km entre Saturno e os seus anéis. Este ‘Grand Finale’ maximiza o retorno científico da missão, dando mergulhos próximos das bordas interna e externa dos anéis e as pequenas luas interiores do planeta, bem como encontros adjacentes com os níveis superiores da atmosfera de Saturno.
§  As 22 órbitas do ‘Grand Finale’ foram apoiadas pelas estações terrestres da ESA, que receberam sinais de Cassini para reunir dados cruciais de ciência de rádio e ciência gravitacional.
§   Um último voo aproximado distante com Titã a 11 de setembro, deu a assistência gravitacional necessária para colocar a nave espacial num curso de impacto com Saturno.

Mais Informações:






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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Caro Leitor(a),

Atualizado depois de 30 anos, atlas de nuvens tem acesso aberto


Atualizado depois de 30 anos, atlas de nuvens tem acesso aberto
[Imagem: Gary McArthur/Atlas Internacional de Nuvens]
Atlas Internacional de Nuvens
Elaborada inicialmente em 1896, o Atlas Internacional de Nuvens é uma importante referência global na observação e na identificação de nuvens, usada por serviços meteorológicos, pela aviação e pela navegação.
A primeira edição trazia 28 fotografias coloridas e regras detalhadas para a classificação de nuvens.
A mais recente era de 1975 e havia sido revisada pela última vez em 1987 - desde então, tornou-se um item de colecionador.
Asperitas
A nova edição é a primeira com uma versão completamente digital e acessível ao público leigo.
Nela, foram incluídas novas classificações, entre as quais a mais conhecida é as asperitas, um tipo de nuvem que visto desde o solo se parece com as ondulações do oceano.
Essas nuvens foram documentadas pela primeira vez no Estado de Iowa, nos Estados Unidos, em 2006.
Logo, vários registros semelhantes foram enviados à Sociedade de Apreciadores de Nuvens, que deu início a uma campanha para que a formação fosse reconhecida oficialmente pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês).
"Achava que isso nunca aconteceria", diz Gavin Pretor-Pìnney, presidente da sociedade. "A WMO (Organização Meteorológica Mundial, na sigla em inglês) dizia não ter planos de fazer uma nova edição do atlas, mas percebeu que há um interesse público por nuvens e ser necessário informar adequadamente sobre isso."
Atualizado depois de 30 anos, atlas de nuvens tem acesso aberto
[Imagem: Atlas Internacional de Nuvens]
Classificação das nuvens
Nuvens são classificadas de acordo com seu gênero, espécie e características suplementares.
A asperitas é uma característica suplementar nova, assim como cavum, cauda, fluctus e murus. Também foi incluída no atlas um novo tipo, a volutus, que é baixa e horizontal.
Um elemento-chave da evolução do atlas é o avanço da tecnologia - pessoas ao redor do mundo estão registrando e compartilhando imagens de formações inusitadas com seus celulares.
"Não é preciso ser um observador do clima nem um estudioso do tema. Basta fazer a foto e mandar pra gente", disse Pretor-Pinney.
Nuvens "especializadas"
A nova edição do Atlas passou a identificar nuvens formadas a partir de processos específicos, como a flammagenitus, que surge em queimadas, as cataractagenitus, originadas em quedas d'água, e silvagenitus, formações encontradas sobre florestas.
Também há aquelas formadas pela ação do homem (homogenitus) e que são alteradas por interferência humana (homomutatus).

O Atlas Internacional de Nuvens pode ser acessado no endereço http://www.wmocloudatlas.org.

Fonte: Com informações da BBC -  

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terça-feira, 5 de setembro de 2017

DES publica mapa da distribuição da matéria escura no Universo

Caro Leitor(a),

DES publica mapa da distribuição da matéria escura no Universo
Este é o mapa mais preciso da distribuição da matéria escura no Universo.[Imagem: Dark Energy Survey]
Mapa da matéria escura
A matéria conhecida (chamada de "bariônica" pelos físicos) corresponde a apenas 5% do conteúdo do Universo, segundo os atuais modelos da cosmologia.
Outros 25% seriam constituídos pela desconhecida matéria escura, e 70%, pela ainda mais enigmática energia escura.
Estas porcentagens (aqui expressas em valores arredondados), que haviam sido estabelecidas por estudos anteriores, foram confirmadas agora, com notável convergência numérica, pelo Dark Energy Survey (DES).
Conduzido por uma colaboração internacional, o DES é um mapeamento do Universo em grande escala, que deverá rastrear uma área equivalente a um oitavo do céu (5 mil graus quadrados) e levantar dados sobre mais de 300 milhões de galáxias, 100 mil aglomerados de galáxias e 2 mil estrelas supernovas, além de milhões de estrelas da Via Láctea e objetos do Sistema Solar.
Com a atividade iniciada em 2013 e prevista para prosseguir até 2018, a colaboração acaba de divulgar os dados sistematizados de seu primeiro ano de trabalho. Esses dados possibilitaram a elaboração de um mapa com 26 milhões de galáxias, cobrindo cerca de 1/30 do céu e apresentando a distribuição heterogênea da hipotética matéria escura em uma faixa de bilhões de anos-luz de extensão.
Hipóteses, teorias, modelos, interpretações
Um dos destaques no novo mapa da Universo é que os dados sistematizados do primeiro ano de coleta de dados do DES são consistentes com a interpretação mais simples acerca da natureza da energia escura.
Segundo essa interpretação, esse misterioso ingrediente, que faz com que a expansão do Universo esteja sendo acelerada, em vez de retardada pela atração gravitacional recíproca das galáxias, seria a energia do vácuo e corresponderia à constante cosmológica, inicialmente proposta e depois abandonada por Einstein, mas hoje largamente aceita pelos físicos. De acordo com esse modelo, a quantidade total da energia escura aumentaria em decorrência da própria expansão do Universo, mas sua densidade se manteria constante no espaço e no tempo.
A questão da natureza da energia escura, porém, permanece aberta. E não pode ser descartada a possibilidade de que dados já colhidos, mas ainda em fase de sistematização, ou que venham a ser obtidos até o final do levantamento, desfavoreçam essa interpretação em benefício de outras.

Vale lembrar que, até agora, todos os milionários projetos para detectar a matéria escura falharam, e uma teoria após a outra vem sendo deixada de lado.
Fonte: Com informações da Agência Fapesp -  31/08/2017


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