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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Navio a hidrogênio promete transporte de carga ecológico

Caros Leitores,

A Cie. Maritime Belge construiu a primeira embarcação comercial que navega à base de hidrogênio e não polui, levando o mundo a dar mais um passo em direção ao transporte de cargas sem emissões.
A embarcação de transporte de passageiros Hydroville é capaz de operar com hidrogênio comprimido ou óleo combustível comum, segundo a empresa belga. A embarcação foi certificada recentemente para operar como navio marítimo pela Lloyd’s Register. A CMB expandirá a tecnologia aos motores de navios de carga após os testes iniciais.
“O potencial do hidrogênio em todo o mundo é enorme”, disse Alexander Saverys, CEO da CMB, que tem sede em Antuérpia, em entrevista por telefone. “A explosão das energias renováveis oferece uma oportunidade real de produção de hidrogênio barato.”
A poluição gerada pela trilionária indústria do transporte marítimo ainda é pouco regulada. Segundo estimativa, o setor produz 3 por cento das emissões globais, mas não foi incluído no acordo climático de Paris de 2015. Os navios quase sempre queimam óleo combustível pesado, uma das formas mais poluentes e baratas de energia.
No entanto, a supervisão às emissões do transporte marítimo está prestes a mudar. A Organização Marítima Internacional, uma agência das Nações Unidas, deverá impor a partir de 2020 novas regras rígidas que limitarão a quantidade de emissões de enxofre dos navios. Existem também negociações a respeito da adição de um imposto ao carbono.
Compromisso internacional
“Há um compromisso muito forte para descarbonizar o transporte marítimo por parte de países poderosos como China, Japão e um grupo de nações europeias”, disse Tristan Smith, professor do instituto de energia da University College London e ex-arquiteto naval. “O hidrogênio é uma das formas mais econômicas de fazer isso. Está comprovado, funciona no sistema de energia e sua combustão é fácil de realizar nos navios.”
Outros meios de transporte pendem para as baterias, como os carros e caminhões elétricos, mas elas não são uma opção para o transporte marítimo de cargas, que consome muita energia.
“Nem com a maior bateria do mundo conseguiríamos navegar um dia inteiro”, disse Roy Campe, gerente de pesquisa e desenvolvimento da CMB. “Nossas viagens geralmente levam duas ou três semanas.”
A conversão de um navio para a queima de hidrogênio é uma adaptação relativamente simples, segundo Campe. A empresa investiu “menos de 10 milhões de dólares” para desenvolver a tecnologia e estima que a conversão custaria cerca de US$ 20 milhões em uma embarcação de carga pequena.
Embarcações mais baratas
O objetivo de longo prazo da CMB é fabricar um navio sem emissões e mais barato de operar do que as embarcações comuns. Saverys estima que o custo do hidrogênio cairá à medida que as energias renováveis se multiplicarem e acredita que isso permitiria reduzir pela metade o custo do combustível de navio em cerca de uma década.
A CMB atualmente recebe hidrogênio da indústria química, mas futuramente preferirá conseguir o elemento por meio de eletrólise alimentada por energias renováveis. Atualmente, a produção do elemento a partir de uma combinação de energias renováveis e de rede na Alemanha custa cerca de 19 euros por milhão de unidades térmicas britânicas, uma métrica usada para medir gás, estima a Bloomberg New Energy Finance.

Fonte: BLOOMBERG 30 DE NOVEMBRO, 2017 - Por Anna Hirtenstein.

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Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente das Ciências: Espacial; Astrofísica; Astrobiologia e Climatologia,Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency.





quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Cinco países entram em clube solar liderado por Brasil e México


Caros Leitores,

Mais cinco países estão entrando para o clube solar dos gigawatts em um momento em que a queda dos preços e a demanda crescente estimulam instalações em mercados emergentes de energia limpa.
A energia solar dobrará no México e no Brasil no ano que vem, levando ambos os países pela primeira vez além da marca de 1 gigawatt em novas instalações, segundo relatório da GTM Research de quarta-feira. Novas instalações na Holanda e no Egito também levarão os países além da marca em 2018 e o mercado da Espanha deverá aumentar com a adição de 3,9 gigawatts nos próximos dois anos.
No total, 13 países deverão somar pelo menos 1 gigawatt em energia solar cada no ano que vem, contra oito em 2017. Os novos membros da lista ajudarão a compensar a desaceleração da demanda em mercados mais maduros, notadamente EUA e Japão. O crescimento global está caindo para um dígito e a projeção é que em 2018 as instalações aumentem 5,6 por cento em relação a 2017, para 95,6 gigawatts, segundo dados da GTM. O crescimento anual composto até 2022 será de 4 por cento.
“Esses cinco países e outros mercados com escala de gigawatt estão diversificando o mercado de tal forma que ajudarão a estabilizar o desequilíbrio global entre oferta e demanda”, disseram analistas da GTM em comunicado. Os demais países que instalarão pelo menos 1 gigawatt neste ano são China, Índia, Alemanha, França, Austrália e Coreia do Sul.

Fonte: BLOOMBERG 29 DE NOVEMBRO, 2017 - Por Christopher Martin.

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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Energia limpa pode mudar face do mundo até 2050

Caros Leitores,


Mundo com energia renovável
Energia limpa pode mudar face do mundo até 2050
Pelo menos 139 países poderiam ser totalmente abastecidos por eletricidade gerada por fontes eólica, solar e aquática até 2050.
Esta é a conclusão, não exatamente de um estudo ou de um levantamento, mas de um roteiro para a efetivação de um futuro 100% baseado em energia renovável. Uma primeira etapa prevê alcançar 80% de energia renovável em 2030, e a segunda prevê alcançar 100% em 2050.
O roteiro descreve as mudanças de infraestrutura que os 139 países devem fazer para se tornarem totalmente alimentados pelo que hoje são consideradas fontes alternativas de energia.
As análises examinaram os setores de eletricidade, transporte, aquecimento e refrigeração, industriais e de agricultura/silvicultura/pesca de cada país.
Os 139 países - selecionados porque são países para os quais os dados estão publicamente disponíveis por meio da Agência Internacional de Energia - emitem em conjunto mais de 99% de todo o dióxido de carbono de origem humana do planeta.
"Os formuladores de políticas geralmente não querem comprometer-se a fazer algo a menos que haja alguma ciência razoável que possa mostrar que é possível, e é isso que estamos tentando fazer. Existem outros cenários. Não estamos dizendo que há apenas uma maneira de fazer isso, mas ter um cenário dá orientação às pessoas," disse o professor Mark Jacobson, da Universidade de Stanford, coordenador do trabalho. "Tanto os indivíduos como os governos podem liderar essa mudança."
Economia baseada em energia limpa
A transição para uma economia baseada em energia limpa pode significar um aumento líquido de mais de 24 milhões de empregos no longo prazo, uma diminuição anual de 4 a 7 milhões de mortes por poluição atmosférica por ano, a estabilização dos preços da energia e uma poupança anual de mais de US$ 20 trilhões em custos de saúde e ações de adaptação às mudanças climáticas.
Para cada uma das 139 nações, a equipe de 26 especialistas avaliou os recursos de energia renovável disponíveis, o número de geradores de energia eólica que poderiam ser instalados, a disponibilidade de fontes de água (rios e mares), a incidência de energia solar e a área em terrenos e telhados necessária para a instalação dos painéis solares.
"O que é diferente entre este estudo e outros que propuseram soluções é que estamos tentando examinar não só os benefícios climáticos da redução de carbono, mas também os benefícios de poluição do ar, benefícios de trabalho e benefícios de custo," disse Jacobson.
Benefícios de um mundo com energia limpa
Como resultado da transição para a energia limpa, o roteiro prevê uma série de benefícios diretos.
Por exemplo, ao eliminar o uso de petróleo, gás e urânio, a energia associada à mineração, transporte e refinação destes combustíveis também é eliminada, reduzindo a demanda internacional de energia em cerca de 13%. Como a eletricidade é mais eficiente do que a queima de combustíveis fósseis, a demanda deve diminuir 23%.
As mudanças na infraestrutura também significariam que os países não precisariam depender uns dos outros para combustíveis fósseis, reduzindo a frequência dos conflitos internacionais por questões de energia.
"Além de eliminar as emissões e evitar o aquecimento global de 1,5º C e começar o processo de deixar o dióxido de carbono ser drenado da atmosfera terrestre, a transição elimina de 4 a 7 milhões de mortes por poluição atmosférica a cada ano e cria mais de 24 milhões de empregos de tempo integral no longo prazo," disse Jacobson.

Bibliografia:

100% Clean and Renewable Wind, Water, and Sunlight All-Sector Energy Roadmaps for 139 Countries of the World
Mark Z. Jacobson, Mark A. Delucchi, Zack A.F. Bauer, Savannah C. Goodman, William E. Chapman, Mary A. Cameron, Cedric Bozonnat, Liat Chobadi, Hailey A. Clonts, Peter Enevoldsen, Jenny R. Erwin, Simone N. Fobi, Owen K. Goldstrom, Eleanor M. Hennessy, Jingyi Liu, Jonathan Lo, Clayton B. Meyer, Sean B. Morris, Kevin R. Moy, Patrick L. O'Neill, Ivalin Petkov, Stephanie Redfern, Robin Schucker, Michael A. Sontag, Jingfan Wang, Eric Weiner, Alexander S. Yachanin
Joule
DOI: 10.1016/j.joule.2017.07.005

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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Descoberto o mundo temperado mais perto de nós em órbita de uma estrela calma

Caros Leitores,

O instrumento HARPS do ESO descobre um exoplaneta com a massa da Terra em torno da estrela Ross 128

Com o auxílio do instrumento HARPS, o caçador de planetas único do ESO, foi descoberto um exoplaneta temperado do tamanho da Terra a apenas 11 anos-luz de distância do Sistema Solar. O novo mundo, designado por Ross 128 b, é o segundo planeta temperado mais próximo a ser detectado depois de Próxima b. Trata-se também do planeta mais próximo a ser descoberto em torno de uma estrela anã vermelha inativa, o que aumenta a probabilidade deste planeta poder potencialmente sustentar vida. Ross 128 b será o alvo principal do Extremely Large Telescope do ESO, o qual terá a capacidade de procurar marcadores biológicos na atmosfera do planeta.
Com o auxílio do instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher) do ESO, instalado no Observatório de La Silla, no Chile, uma equipe de astrônomos descobriu um exoplaneta de pequena massa, que orbita a estrela anã vermelha Ross 128 a cada 9,9 dias. Acredita-se que este mundo do tamanho da Terra seja temperado, com uma temperatura superficial que poderá também ser parecida com a da Terra. A estrela Ross 128 é a estrela próxima “mais calma” que abriga um exoplaneta temperado.

Esta descoberta baseia-se em mais de uma década de monitoração intensa por parte do HARPS, juntamente com técnicas de redução e análise de dados de vanguarda. Só o HARPS tem demonstrado uma tal precisão, permanecendo o melhor instrumento de velocidades radiais, mesmo após 15 anos de operações,” diz Nicola Astudillo-Defru (Observatório de Genebra — Universidade de Genebra, Suíça), co-autor do artigo científico que revela a descoberta.

As anãs vermelhas encontram-se entre as estrelas mais frias e fracas do Universo — sendo também as mais comuns. São, por isso, bons alvos para a procura de exoplanetas, sendo cada vez mais estudadas. De fato, o autor principal Xavier Bonfils (Institut de Planétologie et d'Astrophysique de Grenoble – Université Grenoble-Alpes/CNRS, Grenoble, França) chamou o seu programa HARPS de “Atalho para a felicidade”, uma vez que é mais fácil detectar pequenos planetas frios do tipo terrestre em torno destas estrelas do que em torno de estrelas mais parecidas ao Sol [1].

Muitas estrelas anãs vermelhas, incluindo Proxima Centauri, ejetam ocasionalmente plumas de material que banham os planetas que se encontram em seu órbita com radiação ultravioleta e raios X. No entanto, Ross 128 é uma estrela muito mais calma e, por isso, os seus planetas podem ser os mais próximos conhecidos que poderão sustentar vida de modo confortável.
Apesar de se situar atualmente a 11 anos-luz de distância da Terra, Ross 128 move-se na nossa direção, esperando-se que seja a nossa vizinha mais próxima daqui a apenas 79 000 anos — um piscar de olhos em termos cósmicos. Nessa altura, Ross 128 b destronará Proxima b, tornando-se o exoplaneta mais próximo da Terra!

Com dados do HARPS, a equipe descobriu que Ross 128 b se encontra numa órbita 20 vezes mais próxima da sua estrela do que a Terra do Sol. Apesar da proximidade, Ross 128 b recebe apenas 1,38 vezes mais luz do que a Terra, o que resulta numa temperatura de equilíbrio estimada entre -60º C e 20º C, graças à natureza fria e tênue da sua pequena estrela anã vermelha progenitora — que apresenta apenas cerca de metade da temperatura de superfície do Sol. Embora os cientistas envolvidos na descoberta considerem Ross 128 b um planeta temperado, não se sabe se o planeta se situa no interior, no exterior ou na periferia da zona habitável, onde pode existir água líquida na superfície do planeta [2].

Os astrônomos estão detectando cada vez mais exoplanetas temperados, sendo que a próxima fase será estudar as suas atmosferas, composições e química com mais detalhe. A detecção de marcadores biológicos, como por exemplo o oxigênio, nas atmosferas dos planetas mais próximos, constituirá um enorme passo em frente. O futuro Extremely Large Telescope do ESO (ELT) estará muito bem preparado para realizar tais estudos [3].

Novas infraestruturas no ESO desempenharão um papel crucial na construção de um censo de planetas com a massa da Terra favoráveis a serem caracterizados. Em particular, o 
Novas infraestruturas no ESO desempenharão um papel crucial na construção de um censo de planetas com a massa da Terra favoráveis a serem caracterizados. Em particular, o NIRPS, o braço infravermelho do HARPS, aumentará a eficiência na observação de anãs vermelhas, as quais emitem a maior parte da sua radiação no infravermelho. Por fim, o ELT proporcionará a oportunidade de observar e caracterizar uma grande fração destes planetas,” conclui Xavier Bonfils.
Notas
[2] A zona habitável é definida pelo domínio de órbitas em torno de uma estrela, nas quais um planeta pode ter uma temperatura apropriada para que possa existir água líquida à sua superfície.
[3] Isto será apenas possível para os poucos exoplanetas que se encontrem suficientemente perto para poderem ser separados das suas estrelas em termos de resolução angular.

Mais Informações

A equipe é composta por X. Bonfils (Univ. Grenoble Alpes, CNRS, IPAG, Grenoble, França [IPAG]), N. Astudillo-Defru (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça), R. Díaz (CONICET – Universidad de Buenos Aires, Instituto de Astronomía y Física del Espacio (IAFE), Buenos Aires, Argentina), J.-M. Almenara (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça), T. Forveille (IPAG), F. Bouchy (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça), X. Delfosse (IPAG), C. Lovis (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça), M. Mayor (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça), F. Murgas (Instituto de Astrofísica de Canarias, La Laguna, Tenerife, Espanha), F. Pepe (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça), N. C. Santos (Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e Universidade do Porto, Portugal), D. Ségransan (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça), S. Udry (Observatoire de Genève, Université de Genève, Sauverny, Suíça) e A. Wü̈nsche (IPAG).
O ESO é a mais importante organização européia intergovernamental para a investigação em astronomia e é de longe o observatório astronômico mais produtivo do mundo. O ESO é  financiado por 16 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça, assim como pelo Chile, o país de acolhimento. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e operação de observatórios astronômicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrônomos importantes descobertas científicas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação na investigação astronômica.
eso1736pt-br — Nota de imprensa científica ­- 15 de Novembro de 2017

[1] Um planeta numa órbita próxima de uma estrela anã vermelha de pequena massa exerce um maior efeito gravitacional sobre a estrela do que um planeta semelhante situado numa órbita mais afastada de uma estrela mais massiva como o Sol. O resultado é que esta velocidade de “movimento reflexo” é muito mais fácil de detectar. No entanto, o fato das anãs vermelhas serem mais tênues, torna mais difícil colectar sinal suficiente para fazer as medições muito precisas que são necessárias.
Este trabalho foi descrito no artigo científico intitulado “A temperate exo-Earth around a quiet M dwarf at 3.4 parsecs”, de X. Bonfils et al., que será publicado na revista especializada Astronomy & Astrophysics.
O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera  o Very Large Telescope, o observatório astronômico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível.
O ESO é um parceiro principal no ALMA, o maior projeto astronômico que existe atualmente. E no Cerro Armazones, próximo do Paranal, o ESO está a construir o European Extremely Large Telescope (E-ELT) de 39 metros, que será “o maior olho do mundo virado para o céu”.

Fonte:

Link: http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1736/?lang


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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Lei da Física que imperava a 100 anos é revogada

Caros Leitores,

Lei da Física que imperava a 100 anos é revogada



http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/imagens/010110170720-transferencia-energia-ressonante.jpg

Lei da física revogada
Pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, desbancaram uma teoria que foi considerada como uma limitação fundamental da física por mais de 100 anos.
Eles conseguiram projetar sistemas ressonantes que podem armazenar ondas eletromagnéticas durante longos períodos de tempo, mantendo uma ampla largura de banda.
A quebra dessa limitação deverá ter um grande impacto em muitos campos da engenharia e da física. O número de aplicações potenciais tende ao infinito, com as telecomunicações, sistemas de detecção óptica e colheita de energia de banda larga representando apenas alguns exemplos de aplicações mais imediatas.
Fator Q
Sistemas ressonantes e de guia de ondas estão presentes na grande maioria dos sistemas ópticos e eletrônicos - para produzir lasers, fazer circuitos eletrônicos e realizar diagnósticos médicos, entre muitos outros exemplos. Seu papel é armazenar energia temporariamente na forma de ondas eletromagnéticas e, em seguida, liberá-las.
Durante mais de 100 cem anos, esses sistemas obedeceram a uma limitação que os cientistas consideravam fundamental: o tempo que uma onda pode ser armazenada seria inversamente proporcional à sua largura de banda.
Esta relação era interpretada como significando que seria impossível armazenar grandes quantidades de dados em sistemas de ressonância ou de guias de onda durante um longo período de tempo, porque aumentar a largura de banda significaria diminuir o tempo de armazenamento e a qualidade do armazenamento.
Esta "lei" foi formulada por K. S. Johnson, em 1914, que foi quem introduziu o conceito do Fator Q, segundo o qual um ressonador pode, ou armazenar energia por um longo período de tempo ou ter uma ampla largura de banda, mas não ambos ao mesmo tempo.
Até agora, esse conceito nunca havia sido desafiado. Físicos e engenheiros sempre construíram sistemas ressonantes com essa restrição em mente.
Morte do Fator Q
Mas essa limitação agora é coisa do passado. Kosmas Tsakmakidis e seus colegas construíram um sistema híbrido de ressonância e guia de onda feito de um material magneto-óptico que, quando recebe um campo magnético, é capaz de parar a onda e armazená-la por um longo tempo, acumulando assim grandes quantidades de energia. Então, quando o campo magnético é desligado, o pulso preso é liberado.
Com isto, torna-se possível armazenar uma onda por um longo período de tempo, ao mesmo tempo mantendo uma grande largura de banda. Neste experimento inicial, o limite convencional tempo/largura de banda foi superado por um fator de 1.000. A equipe demonstrou ainda que, ao menos em teoria, não existe nenhum limite superior para esses sistemas assimétricos.
"Foi um momento de revelação quando descobrimos que essas novas estruturas não apresentavam nenhuma restrição de largura de banda. Esses sistemas são diferentes daquilo com que todos estávamos acostumados por décadas e possivelmente por centenas de anos," disse Tsakmakidis.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/imagens/010110170720-transferencia-energia-ressonante-1.jpg
O limite é a imaginação
Com esta nova técnica, deverá ser possível melhorar muito as telecomunicações.
Outras aplicações potenciais incluem a espectroscopia on-chip, a colheita e armazenamento de energia de banda larga, além de camuflagens ópticas - os chamados mantos da invisibilidade - muito melhores do que as atuais.
"A descoberta que descrevemos é completamente fundamental - estamos dando aos pesquisadores uma nova ferramenta. E o número de aplicações é limitado apenas pela imaginação de cada um," resumiu Tsakmakidis.
Bibliografia: 20/07/2017

Breaking Lorentz reciprocity to overcome the time-bandwidth limit in physics and engineering
Kosmas Tsakmakidis, Linfang Shen, S. A. Schulz, X. Zheng, J. Upham, X. Deng, Hatice Altug, Alexandre F. Vakakis, Robert W. Boyd
Science
Vol.: 356, Issue 6344, pp. 1260-1264
DOI: 10.1126/science.aam6662

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terça-feira, 7 de novembro de 2017

NASA testa usina nuclear para bases lunares e marcianas

Caro Leitores,

NASA testa usina nuclear para bases lunares e marcianas
Cada gerador tem capacidade de 10 quilowatts e pode funcionar por vários anos. [Imagem: NASA]
Reator nuclear espacial
Seja para instalar bases na Lua ou em Marte, será necessário levar geradores de energia.
Para enfrentar o desafio, a NASA começou uma rodada de testes com reatores de dois metros de altura, alimentados por um tipo especial de energia nuclear.
Embora os engenheiros chamem o equipamento de "reator nuclear espacial", os geradores de energia alimentados por radioisótopos são diferente dos reatores nucleares convencionais, já que estes aceleram artificialmente as reações nucleares para produzir mais calor. Os geradores de radioisótopos são uma espécie de usina nuclear mais calma, que deixa as coisas acontecerem normalmente. Isso produz menos energia, mas requer um equipamento mais simples e mais confiável.
"Esta é realmente a primeira vez [desde a década de 1960] que a NASA desenvolveu seriamente um reator para aplicações espaciais," disse Lee Mason, coordenador do projeto Kilopower, do Centro de Pesquisas Glenn.
O último reator de fissão testado pela NASA foi o SNAP (Systems for Nuclear Auxiliary Power), durante a década de 1960. Seu sistema de geradores termoelétricos de radioisótopos alimentou dezenas de sondas espaciais, incluindo o robô Curiosity.
NASA testa usina nuclear para bases lunares e marcianas
Visualização artística de uma usina híbrida solar-nuclear. [Imagem: NASA]
Energia para exploração espacial
Se as miniusinas forem aprovadas nos testes de desempenho e durabilidade, a NASA afirma que pretende testá-las em Marte - mas provavelmente as testará na Lua primeiro.
A exploração humana desses e de quaisquer outros mundos pressupõe a existência de energia para gerar combustível, ar e água para os exploradores espaciais, bem como recarregar as baterias dos veículos, robôs e outros equipamentos.
Um relatório da agência estabelece que são necessários 40 quilowatts de eletricidade para uma expedição humana a Marte, onde a temperatura cai fácil a -125º C. Os reatores em desenvolvimento podem gerar 10 quilowatts, de modo que serão necessários quatro deles para uma vila espacial marciana - ou lunar.
NASA testa usina nuclear para bases lunares e marcianas
Sendo compacto, o gerador também poderá ser usado em robôs, veículos de exploração e mesmo em naves. [Imagem: NASA]
Nuclear versus solar
Lee Mason conta que as usinas nucleares espaciais seriam lançadas "frias", ou seja, desligadas. "Os reatores também têm um inventário radiológico muito baixo no lançamento - menos de 5 curies - de forma que são benignos. Não há produtos de fissão até o reator estar ligado, e é aí que haverá alguma radiação," explica ele.
Isso é importante porque uma eventual falha no lançamento, com um foguete explodindo, poderia ser catastrófica se espalhasse elementos radioativos pela atmosfera.
energia solar é outra opção para as futuras vilas espaciais, mas isso restringiria a geração de energia a regiões expostas à luz solar.

A Cratera Shackleton, da Lua, por exemplo, um dos principais candidatos para a instalação de uma base lunar devido aos potenciais recursos hídricos, é completamente escura. E os pontos mais ensolarados de Marte recebem apenas cerca de um terço da quantidade de luz solar que a Terra recebe.

Fonte: Com informações do CORDIS -  



“O conhecimento torna a alma jovem, pois, colhe a sabedoria”.


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